quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Tecnologia em Favor da Educação






ONTEM, HOJE E AMANHÃ

O ensino vem sofrendo modificações em todos os aspectos, a todo instante. Seu currículo deve adaptar-se à realidade vivida e, muitas vezes, um professor deve empenhar-se em tornar sua matéria um pouco mais independente, a fim de alcançar certos objetivos (na maioria dos casos, preparar o aluno para o vestibular ou algo parecido).

A interação do indivíduo com a tecnologia tem transformado profundamente o mundo e o próprio indivíduo (SANCHO,1998,30). De fato, ao analisarmos as formas educacionais de alguns anos atrás, vê-se que alguns tópicos são bem diferentes. A educação segue uma evolução que vem desde a época das palmatórias até os dias de hoje, onde encontramos um ensino vinculado a programas de computador e meios eletrônicos. Existe uma grande mudança de hábitos.

A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA EDUCAÇÃO

Tempos atrás, a educação era extremamente dependente dos livros. Acredito que esta dependência continuará a existir, porém, sabe-se que os meios de pesquisa estão cada vez mais amplos, graças ao auxílio de equipamentos eletrônicos e informatizados.

Os meios de comunicação libertaram as pessoas de um mundo que se limitava, até então, a apenas ver ou ouvir. Atualmente, permitem que tenhamos acesso a fontes de pesquisa internacionais dentro de nossas próprias casas, auxiliando aqueles que tinham dificuldades para adquirir vários livros, por exemplo.

Logicamente, a internet não substitui a maneira tradicional de pesquisa. Através dos livros, a busca por determinado conteúdo requer certos conhecimentos sobre técnicas de pesquisa, leitura, resumo, etc. Além disso, o método é mais apurado. Hoje em dia, é possível encontrar na internet trabalhos prontos que, de fato, não forçam o aluno sequer à leitura do mesmo, quem dirá à análise detalhada.

A inovação digital possibilitou a ascensão não apenas das fontes de pesquisa, mas também das ferramentas que auxiliam no ensino-aprendizado. Através de softwares, por exemplo, muitas vezes torna-se possível fazer com que o aluno entenda melhor determinado assunto, de maneira menos complicada. Porém, é importante que os professores não se disfaçam do tradicional quadro-negro, pois certos ensinamentos necessitam dele. Os softwares servem para auxiliar a fixação dos conteúdos, a editoração de gráficos e desenhos geométricos. É bom ressaltar que, ao falarmos sobre tecnologia, não somente estamos tratando de informática, mas também sobre equipamentos audiovisuais, como projetores, vídeos etc.

A evolução que estamos presenciando faz com que as pessoas criem uma cultura tecnológica. Podemos notar que a tecnologia gera novos avanços ou instrumentos não para dar respostas às necessidades das pessoas, mas o processo costuma ser inverso (SANCHO,1998,238), ou seja, temos que dominar esses conhecimentos, justamente para sermos capazes de responder aos sistemas tecnológicos.

Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. Trabalhou inicialmente no SESI (Serviço Social da Indústria) e no Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife.
Ele foi quase tudo o que deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e "métodos". Sua filosofia educacional expressou-se primeiramente em 1958 na sua tese de concurso para a universidade do Recife, e, mais tarde, como professor de História e Filosofia da Educação daquela Universidade, bem como em suas primeiras experiências de alfabetização como a de Angicos - RN, em 1963.
A coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados.


FRASES
Paulo Freire foi um homem de idéias e e de uma prática renovadora progressista e democrática. Suas frases, nas mais diferentes fases da sua vida, têm a capacidade de expressar a sua concepção pedagógica, ideológica, educacional, além de revelar um pouco mais da sua sensibilidade, carinho e paixão pela vida, pelo ser humano.


“Toca violão bem baixinho e canta para eu dormir.”
(Livro do Bebê in Ana Maria Araújo Freire no livro Paulo Freire: uma biobibliografia, em “A voz da esposa”)

“Na verdade, o domínio sobre os signos lingüísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede – a da ‘leitura’ do mundo.”
(Cartas à Guiné-Bissau, 1977.)

“A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de ‘ler’ o mundo particular em que me movia (...), me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, recrio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra.”
(A importância do Ato de Ler, 1982.)

“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”
(Educação na Cidade, 1991.)

“Dai a ênfase que dou (...) não propriamente à análise de métodos e técnicas em si mesmos, mas ao caráter político da educação, de que decorre a impossibilidade de sua neutralidade.”
(Ação Cultural para a Liberdade, 1976)



“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”
(Pedagogia do Oprimido, 1968.)

A consciência do mundo e a consciência de si como ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num permanente movimento de busca (...).
(Pedagogia da Autonomia, 1997.)


“Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e, assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas, sobretudo, com eles lutam.”
(Pedagogia do Oprimido, 1968.)

“Quando penso em minha Terra, penso sobretudo no sonho possível – mas nada fácil – da invenção democrática de nossa sociedade.”
(À Sombra desta Mangueira, 1995.)

“Devemos compreender de modo dialético a relação entre a educação sistemática e a mudança social, a transformação política da sociedade. Os problemas da escola estão profundamente enraizados nas condições globais da sociedade.”
(Medo e Ousadia, 1987.)



“Minha fala (..) estava acrescida de um significado que antes não tinha. Era, no momento (...) em que a comunhão não era apenas a de homens e de mulheres e de deuses e ancestrais, mas também a comunhão com as diferentes expressões de vida. O universo da comunhão abrangia as árvores, os bichos, os pássaros, a terra mesma, os rios, os mares. A vida em plenitude.”
(Pedagogia da Esperança, 1992.)

“Para a concepção crítica, o analfabetismo nem é uma ‘chaga’, nem uma ‘erva daninha’ a ser erradicada (...), mas uma das expressões concretas de uma realidade social injusta.”
(Ação Cultural para a Liberdade, 1976)

“Daí que os intelectuais que aderem a esse sonho tenham de selá-lo na passagem que devem realizar ao universo do povo. No fundo, tem de viver com ele uma comunhão em que, sem dúvida, terão muito o que ensinar se, porém, com humildade e não por tática, aprenderem a renascer como um intelectual ficando-novo.”
(Por uma Pedagogia da Pergunta, 1989.)

“É porque podemos transformar o mundo, que estamos com ele e com outros. Não teríamos ultrapassado o nível de pura adaptação ao mundo se não tivéssemos alcançado a possibilidade de, pensando a própria adaptação, nos servir dela para programar a transformação.”
(Pedagogia da Indignação, 2000.)



“A pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e de seu papel nela. Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo.”
(Cartas à Cristina, 1994.)

“O amor é uma intercomunicação íntima de duas consciências que se respeitam. Cada um tem o outro como sujeito de seu amor. Não se trata de apropriar-se do outro.”
(Educação e Mudança, 1979.)

“Desrespeitando os fracos, enganando os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a mulher, não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos da vida e dos outros.”
(Pedagogia da Indignação, 2000.)
Últimas palavras escritas por Paulo Freire. Referia-se ao índio Galdino, assassinado por um grupo de adolescentes, em Brasília, 1997.

Ser Pedagogo


Ser Pedagogo não é apenas ser Professora, Mestre, Tia, Coordenadora, Supervisora, Orientadora, Dona de escola.
É mais do que isso
É ser Responsável.
Ser Pedagogo é ter coragem de enfrentar uma sociedade deturpada, equivocada sem valores morais nem princípios.
Ser Pedagogo é ser valente, pois sabemos das dificuldades que temos em nossa profissão em nosso dia a dia.
Ser Pedagogo é saber conhecer seu caminho, sua meta, e saber atingir seus objetivos.
Ser Pedagogo é saber lidar com o diferente, sem preconceitos, sem distinção de cor, raça, sexo ou religião.
Ser Pedagogo é ter uma responsabilidade muito grande
nas mãos.
Talvez até mesmo o futuro...
Nas mãos de um Pedagogo concentra- se o futuro de muitos médicos, dentistas, farmacêuticos, engenheiros, advogados, jornalistas, publicitários ou qualquer outra profissão...
Ser Pedagogo é ser responsável pela vida, pelo caminho de cada um destes profissionais que hoje na faculdade e na sociedade nem se quer lembram que um dia passaram pelas mãos de um Pedagogo.
Ser Pedagogo é ser mais que profissional, é ser alguém que acredita na sociedade, no mundo, na vida.
Ser Pedagogo não é fácil, requer dedicação, confiança e perseverança.
Hoje em dia ser Pedagogo em uma sociedade tão competitiva e consumista
não torna-se uma profissão muito atraente, e realmente não é.
Pois os valores, as crenças, os princípios, os desejos estão aquém do intelecto humano.
Hoje a sociedade globalizada está muito voltada para a vida materialista.
As pessoas perderam- se no caminho da dignidade e optaram pelo atalho da competitividade,
é triste pensar assim, muito triste
pois este é o mundo dos nossos filhos
crianças que irão crescer e tornar- se adultos.
Adultos em um mundo muito poluído de idéias e sentimentos sem razão.
Adultos que não sabem o que realmente são
Alienados, com interesses voltados apenas pelo Ter e não pelo Ser.
Ser Pedagogo é ter a missão de mudar não uma Educação retorcida, mas ser capaz de transformar a sociedade que ainda está por vir.
Pode ser ideologia pensar assim, mas como Pedagogos temos a capacidade de plantar hoje nesta sociedade tão carente de valores, sementes que um dia irão florescer.
E quem sabe essa mesma sociedade que hoje é tão infértil possa colher os frutos que só a Pedagogia pode dar.